sexta-feira, 9 de outubro de 2009

REPORTAGEM SOBRE O TOQUE DE RECOLHER

Posted by Picasa

PALAVRA DE MULHER

Largo os sapatos na escada, troco a roupa, esqueço o corpo numa poltrona e me faço Espiã dos Próprios Pensamentos.
Às vezes é difícil ser mulher, ter essa envolvência de fêmea que pressente o nascimento antes da concepção.
Essa intuição de que vai amar essa certeza de que vai sofrer .... e ama ainda assim, afetos Carrega, carrega laços indissolúveis, sentimentos distorcidos que sempre soube, mas defende os numa fúria indecifrável.
Nem sempre é fácil ser mulher vivendo esse dilema de caminhar a beira do acaso, ser orientada pelos imprevistos e quase enlouquecer sem saber ao certo o que sente eo que está Condicionada a sentir.
Nada é tão simples para uma mulher.
Como explicar que hoje me deixei molhar na chuva?
E todo mundo correndo enquanto eu Caminhava va-ga-ro-sa-men-te aproveitando a sensação de ser molhada pelos céus.
Com o cabelo escorrido sobre os olhos, cantei o refrão "Você é tão bonito".
Cantei pra mim.
Sempre minto para mim.
Desde criança quando dizia não gostar de berinjela e que o único homem da minha vida haveria de ser meu pai.
Mulher adora mentir para si, como também jurar.
Jura pela mãe, pelo filho ou mesmo pela chuva que escorre sobre o corpo Penetrando a boca, ouvidos e narinas num "Singing in the rain" beijos ou sem guarda-chuvas.
E ainda conserva uma imagem para recordar, porque a vida para a mulher é sempre Retardatária.
Cansa-me um Ser mulher pouco.
Ter de carregar essas saudades, esses pedaços de papéis grudados em histórias, esse romantismo de final de noite essa insanidade ... E a lucidez de viver cada coisa além do limite.
Cansa-me carregar na palma da mão essas linhas sem motivos, esses traçados contraditórios, Misteriosas essas raízes, essas fibras úmidas ... Cansa-me!
Cansa-me, sobretudo, esses sonhos que não cabem no quarto, essa origem latina, esse oceano interno, vegetais aquáticos, folhas brotando incansavelmente à procura de sol.
Não é tão simples ser mulher.
Toda estatística humana passa pelos nossos ventres.
Toda falha como todo sucesso tem o nosso dedo.
Há sempre um sopro de mulher num coração que palpita.
Soberana ou submissa rainha, somos.
Será que fujo à regra?
Eu aqui com esse cabelo molhado e uma fraqueza fora de moda a vigiar a vida com o rabo do olho, tentando encaixar as coisas onde não alcanço, tateando no escuro os momentos que vão acontecer.
Quais serão minhas reações?
As mulheres reagem estranhamente conforme cada estação, conforme cada curva, cada chuva ... e se modificam a cada vento, cada uma corrente de ar, cada mudança de ritmo e menstruam, engravidam e choram sem ser, necessariamente, nesta ordem.
Mulher chora sem motivos, mas nunca sem emoção.
Chora olhando os cantos escuros da casa, os cantos escuros da alma ... e às vezes nem se lembra direito porque está chorando, talvez uma maneira de dizer coisas sem palavras, Memórias vomitar, ressentimentos, desordens. E, antes que comece essa acidez na boca minha, adio a tristeza novamente e canto: "You are so beautiful".

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A COBRA E O PIRILAMPO

Hoje em Chegar AO casa deparei-me com ESSA crônica e refletiu ELA MEU DIA HOJE!

Era Uma Vez Uma comecou cobra Que hum perseguir um Pirilampo. Ele fugia com medo da feroz predadora, Mas a cobra Não desistia. Um dia, sem Forças Já, o Pirilampo Parou e Disse à cobra:

- Três Perguntas Posso Fazer?
- Podes. Não costumo Abrir Esse précédente, Mas Já Que Vou te comer, podes perguntar.
- Pertenço uma Cadeia alimentar do Tua?
- Não.
- Algum mal Fiz-te?
- Não.
- Então Por Que É Que me Queres comer?


- PORQUE NÃO SUPORTO brilhar VER-TE!


E assim ... É Diariamente, tropeçamos em cobras!

Poema Arauto Pantaneiro

Lindo, esse poema de nosso Conselheiro Estadual Marcus Antonio Karaí Mbaretê Ruiz, o qual foi declamado às margens do Rio Paraguai no Encontro da OAB realizado em Corumbá/MS



O Arauto do Pantanal


A beira do Rio dos Papagaios, Parakao y, Paraguay
Em antigo armazém do Porto Geral
Na velha cidade baixa,
Transformado num moderno Centro de Convenções
Na última quinta-feira de setembro
Se instalou a sede da Advocacia sul-mato-grossense
Na mais antiga subsecção do Estado
Na primeira seccional de MS
Antiga Vila de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque
Hoje histórica e bicentenária cidade de Corumbá
Sentado entre César Britto, Geraldo Escobar
E o sábio Prefeito Ruiter
Se põe ele a falar a seus pares,
Presidentes de subsecções, Conselheiros Estaduais,
Conselheiros federais, magistrados, advogados públicos,
Defensores, bacharéis, ministros do CNJ,
Políticos, estudantes e comandantes de quartéis
No XV Encontro Nacional das Escolas Superiores de Advocacia
No Colégio de Presidentes das Subsecções de MS.
Seus cabelos pretos, caprichosamente penteados,
Seu terno petróleo, sua gravata rubro-negra,
Sua camisa carmim fim de tarde pantaneira
Olhar altivo e brilhante
As mãos rápidas como de um maestro
A verve fácil, pontual, enérgico, contagiante,
O silêncio da platéia, atenta, enfeitiçada,
Bebe, encharca-se, inebria-se das idéias, dos sons
Num transe coletivo que lhes alça a razão.
Os corações pulsam galopantes,
As faces ruborizam, as narinas se dilatam,
Os olhos se movem para uma única direção
No iluminado anfiteatro repleto
Então ele pára... há um hiato no ar!!!
E a platéia começa a se levantar
Uma mão vai ao encontro da outra
Dá-se inicio a um som interminável de vôo de pássaros
Garças, tuiuiús, paturis, guarás, cabeças-secas
Biguatingas, patos do mato, saracuras, colhereiros e anhumas
Um ninhal inteiro, uma baía,
A alçar vôo e vibrar o ar...
São os aplausos que ecoam enchendo o lugar
Pela grandiosidade, coragem e comprometimento
Da mensagem lançada aos presentes
No coração da América do Sul
Na Capital do Pantanal
Nas terras brancas de Corumbá
Pelo Presidente da OAB/MS
A advocacia brasileira ufanada aplaude


Avante... Fabio Trad!!!



Corumbá/MS 24 de setembro de 2009





QUINTANA

Vamos de Quintana : .Da perfeição da vida.


por que prender a vida em conceitos e normas?

o belo e o feio...o bom e o mau...dor e prazer...

tudo, afinal, são formas

e não degraus do ser!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

TEXTO DE LÚCIA MARTINS

Sou dona de mim,
Da minha vida e do meu destino!
Sigo meu bom senso, minha razão,
Minha emoção e minha sede de ser livre!
Bom é viver assim, sem amarras,
Sem apego ao passado e
Sem preocupação com questões que ainda não foram superadas!
Pois o mundo ainda precisa evoluir muito,
Há muito o que
Superar...
Eu penso, reflito e,
Analiso!
Sou um ser em constante mutação
Sou “Eu Mesma”,
Mas não sou “Sempre a Mesma”!
Não sou normal,
Pois ser normal é chato
É repetitivo!
E EU gosto de transformações
Gosto de olhar por vários prismas e,
Mudar de opinião, de gosto...
A mudança não é somente física,
Mas também é abstrata e,
Intrínseca
A BELEZA E JUVENTUDE SE VÃO,
MAS O CONTEÚDO DA ALMA PERMANECE ...”



A SERENATA

Uma noite de lua pálida e gerânios
ele viria com boca e mãos incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo
o que não for natal como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
- só a mulher entre as coisas envelhecee.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa? (Adélia Prado)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009



Eu e o futuro Presidente da OAB/MS Ary Raghiant

Bela Vista (Fernando) Naviraí (Klein) Sidrolândia (Elaine) São Gabriel do Oeste (Célia) Eu (Eldorado) e o nosso Presidente Fábio Trad

Os Inseparáveis com o Geraldo  Escobar (ENA/OAB) e Jésus (CAAMS/OAB)




Célia (São Gabriel do Oeste) Vladimir Rossi (Futuro Presidente da OAB Nacional) Eu (Eldorado) e Cezar Britto (Presidente Nacional da OAB) - Encontro em Corumbá/MS de 24 a 26 de setembro/2009








Conselheiro do CNJ conosco em Corumbá/MS

DESPROTEGIDA

Meu anjo protetor,
Hoje me abandonou
Primeiro cai da escada
Dei uma guinada
E torci o tornozelo.
Depois ao entrar no carro,
Desfiei a meia fina,
Que minhas pernas torneiam,
 Ates tão divinas.
Quando fui dar marcha ré,
Consegui atropelar o Piné
O gato de estimação,
Que coitado, ainda comia sua ração.
Decidi ir a uma benzedeira
Para ver se uma rezadeira,
Conseguia me tirar dessa aflição,
E ela me benzeu,
Untou-me com suas plantas,
Mas de nada adiantou.
Quando fui cruzar a rua,
Levei um esbarrão
E fiquei caída no chão.
Decidir de hoje em diante,
Que quando sair de casa,
Vou tomar um banho de arruda,
Que mesmo não perfumada,
Tenho certeza de que,
Não cairei em nenhuma roubada.


Irene Maria 04/08/2006 19h46m