domingo, 13 de junho de 2010

Eu sou lúcida na minha loucura,
permanente na minha inconstância,
inquieta na minha comodidade.
Pinto uma realidade com alguns sonhos,
e transformo alguns sonhos em cenas reais.
Choro lágrimas de rir e,
 quando choro pra valer não derramo uma lágrima.
Amo mais posso fazer e que, por medo,
sempre menos do que sou capaz.
 Busco pelo prazer da paisagem e,
raramente pela alegre frustração da chegada.
Quando me entrego,
me atiro e quando recuo não volto mais. 
Mas não me leve a sério,
sei que nada é definitivo.
Nem eu sou o que penso que eu sou.
Nem nós o que a gente pensa que tem ...
(Martha Medeiros) 

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