(...)
porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras
grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe
como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas
e das coisas.
Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados.
Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos.
E substituímos expressões
fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei
que vai passar".
Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e
também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência (...)
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